Igreja de Santa Rita
Erguida pela Irmandade de Santa Rita dos Pardos Libertos, data de 30 de junho de 1722 sob a invocação original de Menino Deus, Santa Rita e Santa Quitéria.
Era seu vigário à época o padre Manoel Braz Cordeiro.
Recorde-se que no século XVIII, no Brasil Colónia, as igrejas atendiam às classes sociais, que então se distinguiam pela cor da pele: brancos, pardos (mulatos) e negros.
Em Paraty, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito destinava-se aos negros, a de Nossa Senhora das Dores atendia à elite branca, e a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios (1712) era frequentada por populares brancos. Neste contexto, a Igreja Santa Rita de Cássia foi construída para atender aos pardos (mulatos) de Paraty.
A igreja funcionou como matriz, ainda no século XVIII, em substituição à Sé, que então se encontrava em precário estado de conservação e incapacitada de atender à crescente população da cidade. Para este fim, a Igreja de Santa Rita passou por obras de reforma e ampliação.
O conjunto encontra-se tombado pelo IPHAN desde 1952. No período de 1967 a 1976 tiveram lugar campanhas de restauração, requalificando o conjunto como Museu de Arte Sacra de Paraty (1976).
A tradicional festa de Santa Rita de Cássia, será realizada no período de 10 á 19 de Julho deste ano, um evento religioso realizado desde a fundação do templo, com procissões, missas, ladainhas, cânticos e outros. Este ano, a festa será realizada novamente em sua própria Igreja, após longos 6 anos sendo realizada na Igreja Matriz, devido as obras de revitalização e restauração, vale destacar também que ela vem sendo preparada por três jovens festeiros e sua comissão, que trabalharam o ano inteiro para este momento de fé, tradição e devoção do povo paratyense.
O conjunto, composto de igreja, consistório, sacristia, cemitério e pátio ajardinado é construído de pedra e cal. Em estilo jesuítico do período colonial, a fachada possui pilastras em cantaria, com portas em madeira trabalhada, frontão curvilíneo e trabalhos em ferro nas três sacadas do coro. O campanário possui um galo de grimpa, em cobre.
Acima da nave, em sua parte frontal, localiza-se o coro, acessado pela escada do campanário. Ao fundo encontra-se a capela-mor, separada da nave por um arco cruzeiro entre dois altares. É considerada igreja barroca, embora não apresente a ornamentação rebuscada e profusa características do estilo, e que se nota nas igrejas do mesmo período em Minas Gerais.
Nesta igreja funciona um museu de arte sacra. Ele cobra uma entrada de baixo valor, mas o acesso é gratuito nas terças-feiras.
Mapa:
[mapsmarker marker=”21″]