É hoje! Apresentação especial do Fotoclube Paraty neste Sábado, 15 de fevereiro!

Hoje, sábado,15 de fevereiro, teremos mais um encontro do Fotoclube Paraty!

O evento é 100% gratuito e acontece no cinema do Sesc Santa Rita!

O convidado especial dessa noite será Vagner Preto, contando sobre seu trabalho, sua trajetória como cenógrafo de exposições e dando dicas valiosas para quem quer montar sua própria exposição!

Além disso, teremos uma apresentação de Roberta Pisco sobre o tema da nossa 6ª Convocatória.

Data: Sábado, 15 de fevereiro de 2025
Horário: A partir das 18h
Local: Sesc Santa Rita
Valor: GRÁTIS

 

História de Paraty

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Paraty, situada entre o mar e as montanhas da Serra do Mar, carrega uma história rica e vibrante, que começa antes mesmo da chegada dos europeus. A região era habitada pelos indígenas Guaianás, que abriram a trilha conhecida como Caminho dos Goianás, conectando o litoral ao Vale do Paraíba. Esse caminho seria fundamental para o desenvolvimento da região nos séculos seguintes. O primeiro relato sobre Paraty que se tem registro é do mercenário alemão Hans Staden, que, em 1557, relatou suas experiências entre os Tupinambás em seu livro “História verdadeira e descrição de um país de selvagens…”, após passar quase um ano em cativeiro na área entre Paraty e Angra dos Reis.

Início do Povoamento e Primeiras Construções

O povoamento da região começou a se firmar com a chegada da expedição de Martim Correia de Sá em 1597. O núcleo inicial do povoado surgiu no atual Morro do Forte, próximo ao rio Perequê-Açu, onde os colonizadores ergueram a primeira construção de que se tem notícia: uma capela dedicada a São Roque, o primeiro padroeiro local. Em 1636, Maria Jácome de Melo doou uma sesmaria entre os rios Perequê-Açu e Patitiba, com a condição de que os indígenas não fossem molestados e de que uma nova capela fosse construída, agora sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios, que se tornaria a padroeira definitiva da vila.

Emancipação e Expansão da Vila

A crescente importância econômica e estratégica de Paraty levou seus habitantes a buscar a independência da vila em relação a Angra dos Reis. Em 1670, depois de um levante liderado por Domingos Gonçalves de Abreu, Paraty foi elevada oficialmente à categoria de vila. Em 1677, por Carta Régia, recebeu o nome oficial de “Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty” e se consolidou como uma comunidade com certa autonomia administrativa e social. Em meados do século XVII, Paraty já contava com uma igreja matriz, ruas pavimentadas e uma economia estruturada.

O Ciclo do Ouro e o Caminho do Ouro

O descobrimento de ouro nas Minas Gerais trouxe um impulso econômico e transformou Paraty em um ponto estratégico da Estrada Real. Em 1702, o governador da capitania do Rio de Janeiro determinou que todas as mercadorias destinadas às Minas deveriam passar pelo Rio de Janeiro e seguir por Paraty, utilizando a antiga trilha indígena, agora pavimentada com pedras irregulares, conhecida como Caminho do Ouro. Esse caminho movimentou intensamente o porto de Paraty, que viu seu comércio e população crescerem.

No entanto, em 1710, o governo proibiu o transporte de ouro pela estrada de Paraty, o que causou grande descontentamento. Após revoltas locais, a medida foi temporariamente suspensa, mas com a construção do Caminho Novo, uma estrada mais direta entre o Rio de Janeiro e as Minas Gerais, Paraty começou a perder relevância como rota comercial, iniciando um ciclo de declínio econômico.

A Economia da Cana-de-Açúcar e a Produção de Cachaça

Durante o século XVIII, Paraty se destacou como centro produtor de cana-de-açúcar e tornou-se famosa por sua cachaça artesanal. Com cerca de 250 engenhos em operação no auge da produção, Paraty se consolidou como referência na produção da bebida, a ponto de o termo “parati” se tornar sinônimo de cachaça em todo o Brasil. Esse período foi economicamente próspero para a vila, que se orgulhava de sua produção única e de qualidade.

Século XIX e o Ciclo do Café

No século XIX, com a expansão do café no Vale do Paraíba, Paraty ganhou novo fôlego. No entanto, para escapar das leis de proibição do tráfico de escravos, a cidade passou a ser usada como ponto de entrada clandestina de africanos. Com o café e o tráfico de escravos, as antigas rotas do ouro passaram a servir a uma nova economia. Em 1844, o imperador Dom Pedro II elevou a vila à condição de cidade, dando um novo impulso ao seu status na região.

Porém, a inauguração da ferrovia em Barra do Piraí, em 1864, desviou as rotas comerciais, e Paraty entrou novamente em declínio. Essa situação se agravou, resultando em um longo período de isolamento que duraria quase um século.

Renascimento com o Ciclo do Turismo

A redescoberta de Paraty ocorreu em meados do século XX, quando seu valor histórico e arquitetônico começou a ser valorizado. Em 1958, seu Centro Histórico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A abertura da estrada Paraty-Cunha, em 1964, e da rodovia Rio-Santos, em 1973, facilitaram o acesso à cidade, marcando o início do ciclo do turismo. Paraty se tornou um polo cultural e turístico, atraindo visitantes de todo o mundo.

Em 1980, grupos indígenas Guarani Mbya vindos do sul do Brasil se instalaram na região, formando as aldeias Araponga e Paratimirim, reforçando a presença indígena que faz parte da história da cidade. Em 2019, Paraty e Ilha Grande foram reconhecidas como Patrimônio Mundial pela UNESCO, consolidando a cidade como um dos destinos culturais e turísticos mais importantes do Brasil.

Cronologia de Paraty

1531 – provável passagem de Martim Afonso de Sousa
1551 – o mercenário alemão Hans Staden permanece por nove meses prisioneiro dos índios tupinambás na região do atual município de Parati
1596 – passagem de Martim Correia de Sá
1600 – chegada de colonos oriundos da capitania de São Vicente
1640 – mudança para o rócio (atual Centro Histórico)
1646 – edificação da primitiva Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
1660 – levante de Domingos Gonçalves de Abreu que conduziu à emancipação
1667 – Carta Régia confirmando a elevação a vila
1668 – reedificação da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
1703 – porto de escoamento do ouro que descia pela Estrada Real
1712 – término da construção da segunda capela de Nossa Senhora dos Remédios, de pedra e cal.
1720 – a Vila Nossa Senhora dos Remédios é anexada à Capitania de São Paulo;
1720 – construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Paraty-Mirim)
1722 – construção da Igreja de Santa Rita de Cássia
1725 – construção da Igreja de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário
1726 – (16 de janeiro) – Carta Régia separa Paraty da Capitania de São Paulo, voltando a pertencer à Capitania do Rio de Janeiro.
1787 – terceira reedificação da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
1800 – construção da Capela de Nossa Senhora das Dores.
1813 – instituição do condado de Parati. Foi 1° Conde de Paraty D. Miguel Rafael António do Carmo de Noronha Abranches Castelo Branco.
1822 – fundação da Santa Casa de Misericórdia de Paraty.
1844 – elevação a cidade de Paraty.
1851 – construção do Chafariz do Pedreira
1945 – classificação como Patrimônio Histórico Estadual.
1950 – chegada do primeiro automóvel a Paraty, através da estrada Paraty-Cunha: são os primeiros turistas paulistas.
1954 – abertura de estrada ligando a cidade ao Vale do Paraíba.
1958 – tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
1966 – classificação como Monumento Nacional
1973 – abertura da Rodovia Rio-Santos e início do ciclo do turismo em Paraty.
1980 – chegada de índios guaranis embiás, que fundam as aldeias de Araponga e Paratimirim.”

Hoje, Paraty é um importante destino turístico e cultural, sendo reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 2019. Com suas paisagens históricas e naturais, festivais e rica produção cultural, Paraty brilha na Costa Verde como um elo vivo entre o passado colonial e as tradições brasileiras contemporâneas.

Distâncias Rodoviárias

Rio de Janeiro 236 km
São Paulo 330 km
Cunha 47 km
Ubatuba 72 km
Angra dos Reis 100 km
Rio Claro 116 km
Mangaratiba 141 km

Dados sobre Paraty

Área 928 Km2
Altitude 5 Metros
População 44872  (censo de 2022)

Limites Geográficos

Norte Angra dos Reis
Sul Ubatuba
Oeste Cunha

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Paraty

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Paraty -23.220054, -44.720476 Cidade Histórica de Paraty

Origem dos dados: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Picture of Guido Nietmann

Guido Nietmann

Há 11 anos morando em Paraty, Guido Nietmann é fotógrafo, artista visual, curador, organizador de eventos e webmaster. Em parceria com a fotógrafa Roberta Pisco, criou a Fotos Incríveis, empresa especializada em fotografia comercial, o Fotoclube Paraty e também é o responsável pela criação do Projeto Eu Amo Paraty. Guido também é um dos criadores do Festival FocoOFF, que expôs o trabalho de mais de 150 artistas em sua última edição. Apaixonado por Paraty, ama retratar as pessoas e as belezas da cidade, e seu cantinho preferido é a praça da Igreja de Santa Rita! Seu trabalho pode ser encontrado no livro Paraty e Ilha Grande, no livro Paraty - Cidade da Gente e em muitas outras publicações, banners, posters e exposições. Guido também é autor do Livro Lotado!! - Os Segredos das Pousadas de Sucesso Contato e mais informações: www.fotosincriveis.com.br